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  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.

  • Foram confirmados no mundo 8.993.659 casos de COVID-19 (133.326 novos em relação ao dia anterior) e 469.587 mortes (3.847 novas em relação ao dia anterior) até 23 de junho de 2020.

  • Na Região das Américas, 1.835.039 pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus se recuperaram, conforme dados de 22 de junho de 2020.

  • A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS estão prestando apoio técnico ao Brasil e outros países, na preparação e resposta ao surto de COVID-19.

  • Medidas de proteção: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel e cobrir a boca com o antebraço quando tossir ou espirrar (ou utilize um lenço descartável e, após tossir/espirrar, jogue-o no lixo e lave as mãos).

  • Se uma pessoa tiver sintomas menores, como tosse leve ou febre leve, geralmente não há necessidade de procurar atendimento médico. O ideal é ficar em casa, fazer autoisolamento (conforme as orientações das autoridades nacionais) e monitorar os sintomas. Procure atendimento médico imediato se tiver dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

 

O que é COVID-19?

COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, na China.

Quais são os sintomas de alguém infectado com COVID-19?

Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem apresentar dores, congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato, erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas apresentam apenas sintomas muito leves.

A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Uma em cada seis pessoas infectadas por COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade de respirar. As pessoas idosas e as que têm outras condições de saúde como pressão alta, problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer, têm maior risco de ficarem gravemente doentes. No entanto, qualquer pessoa pode pegar a COVID-19 e ficar gravemente doente. Pessoas de todas as idades que apresentam febre e/ou tosse associada a dificuldade de respirar/falta de ar, dor/pressão no peito ou perda da fala ou movimento devem procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, é recomendável ligar primeiro para a(o) médica(o) ou serviço de saúde, para que a(o) paciente possa ser encaminhada(o) para a clínica certa.

O que devo fazer se tiver sintomas de COVID-19 e quando devo procurar atendimento médico?

Se você tiver sintomas menores, como tosse leve ou febre leve, geralmente não há necessidade de procurar atendimento médico. Ficar em casa, fazer autoisolamento (conforme as orientações das autoridades nacionais) e monitorar seus sintomas.

No entanto, se você mora em uma área com malária ou dengue, é importante não ignorar os sintomas da febre. Procure ajuda médica. Ao comparecer ao serviço de saúde, use uma máscara se possível, mantenha pelo menos 1 metro de distância de outras pessoas e não toque nas superfícies com as mãos. Se for uma criança que estiver doente, ajude-a a seguir esta orientação.

Procure atendimento médico imediato se tiver dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito. Se possível, ligue para o seu médico com antecedência, para que ele possa direcioná-lo para o centro de saúde certo

Como o vírus responsável pela COVID-19 se espalha?

As pessoas podem pegar a COVID-19 de outras pessoas que têm o vírus. A doença pode ser transmitida, principalmente, de pessoa para pessoa por meio de gotículas do nariz ou da boca que se espalham quando uma pessoa com COVID-19 tosse, espirra ou fala. Essas gotículas são relativamente pesadas, não viajam longe e caem rapidamente no chão. As pessoas podem pegar a COVID-19 se respirarem essas gotículas de uma pessoa infectada pelo vírus. É por isso que é importante ficar pelo menos a 1 metro de distância dos outros.

As gotículas também podem pousar em objetos e superfícies ao redor da pessoa – como mesas, maçanetas, celulares e corrimãos. As pessoas podem pegar COVID-19 quando tocam nesses objetos ou superfícies com as mãos ou outra parte do corpo e, em seguida, tocam os olhos, nariz ou boca. É por isso que é importante lavar as mãos regularmente com água e sabão ou limpá-las com álcool em gel.

A OPAS e a OMS estão avaliando pesquisas em andamento sobre a maneira como o vírus causador da COVID-19 é disseminado e continuarão a compartilhar descobertas atualizadas.

O vírus que causa a COVID-19 pode ser transmitido pelo ar?

Estudos até o momento sugerem que o vírus que causa a COVID-19 é transmitido principalmente pelo contato com gotículas respiratórias – e não pelo ar.

É possível pegar COVID-19 de uma pessoa que não apresenta sintomas?

A principal maneira pela qual a doença se espalha é através de gotículas respiratórias expelidas por alguém que está tossindo ou tem outros sintomas como febre e cansaço. Muitas pessoas com COVID-19 experimentam apenas sintomas leves, particularmente nos estágios iniciais da doença. É possível pegar COVID-19 de alguém com tosse leve e que não se sente doente. Alguns relatórios indicaram que pessoas sem sintomas podem transmitir o vírus. Ainda não se sabe com que frequência isso acontece.

Como podemos proteger aos outros e a nós mesmos se não sabemos quem está infectado?

Praticar a higiene das mãos e respiratória é importante em TODOS os momentos e é a melhor maneira de proteger aos outros e a si mesma(o). Sempre que possível, mantenha uma distância de pelo menos 1 metro entre você e os outros, principalmente se você estiver ao lado de alguém que tosse ou espirra. Como algumas pessoas infectadas podem não estar ainda apresentando sintomas ou os sintomas podem ser leves, manter uma distância física de todos é uma boa ideia se você estiver em uma área onde a COVID-19 está circulando.

Posso pegar COVID-19 de fezes de alguém com a doença?

Embora investigações iniciais sugiram que o vírus possa estar presente nas fezes em alguns casos, até o momento não houve relatos de transmissão fecal-oral da COVID-19. Além disso, não há evidências até o momento sobre a sobrevivência do vírus da COVID-19 em água ou esgoto.

 Existe uma vacina ou medicamento contra COVID-19?

Ainda não. Até o momento, não há vacina nem medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-2019. As pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para aliviar os sintomas. Pessoas com doenças graves devem ser hospitalizadas. A maioria dos pacientes se recupera graças aos cuidados de suporte.

Atualmente, estão sendo investigadas possíveis vacinas e alguns tratamentos medicamentosos específicos, com testes através de ensaios clínicos. A OMS está coordenando esforços para desenvolver vacinas e medicamentos para prevenir e tratar a COVID-19.

As maneiras mais eficazes de proteger a si e aos outros contra a COVID-19 são limpar frequentemente as mãos, cobrir a tosse com a parte interior do cotovelo ou lenço e manter uma distância de pelo menos 1 metro das pessoas que estão tossindo ou espirrando.

 

                                                          Como higienizar as mãos com álcool em gel?

                                                              Duração do procedimento: 20 a 30 seg

 

 

Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcoólica em uma mão em forma de concha para cobrir todas as superficies das mãos.

 

                                                                               Friccione as palmas das mãos entre si.

 

                                       Friccione a palma direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.

 

                                                         Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados.

 

Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa.

 

Friccione o polegar esquerdo, com o auxilio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa.

 

Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa

 

                                                          Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras.

 

                                                         Como higienizar as mãos com água e sabonete?

                                                                Duração do procedimento: 40 a 60 seg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                            Molhe as mãos com água

                                                                     

 

 

             Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superficies das mãos.

                                                      Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si.                       

                                                     

                      Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa

                     

                                                     Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais.

                                                

Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa

Esfregue o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa

 

Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo movimento circular e vice-versa

                                                                Enxágue bem as mãos com água

 

 

 

 

 

 

                                                                           Seque as mãos com papel toalha descartável

 

 

 

                                                                           

 

 

 

 

 

                                                                

                                       No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha.

 

                                                               

                                                                                    Agora suas mãos estão seguras

 Como fazer compras com segurança?

Ao fazer compras, mantenha pelo menos 1 metro de distância dos outros e evite tocar nos olhos, boca e nariz. Se possível, higienize as alças dos carrinhos de compras ou cestas antes. Lave bem as mãos após chegar e casa e depois de manusear e armazenar os produtos adquiridos. Atualmente, não há caso confirmado de COVID-19 transmitido por meio de alimentos ou embalagens de alimentos.

     

                                              Foto: Karina Zambrana/OPAS/OMS

Os seres humanos podem ser infectados por um novo coronavírus de origem animal?
Uma série de investigações detalhadas descobriram que o SARS-CoV foi transmitido de civetas para humanos na China em 2002 e o MERS-CoV de camelos dromedários para humanos na Arábia Saudita em 2012. Vários coronavírus conhecidos estão circulando em animais que ainda não infectaram humanos. À medida que a vigilância melhora no mundo, é provável que mais coronavírus sejam identificados.

Qual é a orientação da OPAS e da OMS no que diz respeito ao uso de máscaras?

As máscaras devem ser usadas como parte de uma estratégia abrangente de medidas para suprimir a transmissão do coronavírus e salvar vidas. O uso somente delas, sem outras ações, é insuficiente para fornecer um nível adequado de proteção contra a COVID-19. Também é importante manter uma distância física mínima de pelo menos 1 metro de outras pessoas, limpar frequentemente as mãos e evitar tocar no rosto e na máscara.

As máscaras cirúrgicas (ou médicas) podem proteger as pessoas que a usam de serem infectadas e impedir que aqueles que apresentam sintomas espalhem o vírus. A OMS recomenda que os seguintes grupos usem máscaras médicas:

• Trabalhadores de saúde

• Qualquer pessoa com sintomas sugestivos de COVID-19, incluindo pessoas com sintomas leves

• Pessoas que cuidam de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 fora das unidades de saúde

Máscaras cirúrgicas também são recomendadas para os seguintes grupos de risco, quando estão em áreas de transmissão generalizada e não podem garantir uma distância de pelo menos 1 metro de outras pessoas:

• Pessoas com 60 anos ou mais

• Pessoas de qualquer idade com comorbidades de base, como doença cardiovascular ou diabetes, doença pulmonar crônica, câncer, doença cerebrovascular e imunossupressão

Já as máscaras de tecido não cirúrgicas estão sendo usadas por muitas pessoas em áreas públicas, mas as evidências sobre sua eficácia são limitadas e a OMS não recomenda seu amplo uso entre o público para o controle da COVID-19. No entanto, para áreas de transmissão generalizada, com capacidade limitada para implementar medidas de controle e especialmente em locais onde o distanciamento físico de pelo menos 1 metro não é possível – como transporte público, lojas ou outros ambientes confinados ou lotados – a OMS aconselha os governos a incentivarem a população em geral a usar máscaras não cirúrgicas de tecido.

A combinação ideal de materiais para máscaras de tecido não-cirúrgicas deve incluir três camadas: 1) uma camada mais interna feita de material hidrofílico (por ex., algodão ou misturas de algodão); 2) uma camada mais externa feita de material hidrofóbico (por ex., polipropileno, poliéster ou misturas desses materiais), para limitar a contaminação externa por penetração até o nariz e a boca do usuário; 3) uma camada intermediária hidrofóbica feita de material sintético não tecido, como polipropileno, ou uma camada de algodão, para melhorar a filtração ou reter gotículas.

Certifique-se de construir ou comprar uma máscara que permita respirar enquanto fala e caminha rapidamente.

Orientação sobre o uso de máscaras no contexto da COVID-19. Orientação provisória, 5 de junho de 2020

 

Este documento é uma atualização da orientação publicada em 6 de abril de 2020 e inclui evidências científicas atualizadas, pertinentes ao uso de máscaras para prevenir a transmissão da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19), além de considerações práticas. As principais diferenças em relação à versão anterior são as seguintes: • Informações atualizadas sobre transmissão por pessoas sintomáticas, pré-sintomáticas e assintomáticas infectadas pelo vírus responsável pela COVID-19, bem como atualização das evidências de todas as seções deste documento. • Nova orientação sobre o uso direcionado e contínuo de máscaras cirúrgicas por trabalhadores da saúde que atuam em áreas clínicas de serviços de saúde localizados em áreas geográficas com transmissão comunitária da COVID-19. • Orientação e recomendações práticas atualizadas para tomadores de decisão com relação ao uso de máscaras não-cirúrgicas pelo público em geral, usando uma abordagem baseada em risco. • Nova orientação sobre atributos e características e de máscaras não-cirúrgicas, incluindo escolha do tecido, número e combinação de camadas, formato, revestimento e manutenção. As orientações e recomendações contidas neste documento baseiam-se em diretrizes anteriores da OMS (particularmente o documento Guidelines on infection prevention and control of epidemic- and pandemic-prone acute respiratory infections in health care [Diretrizes de prevenção e controle de infecções respiratórias agudas de características epidêmicas e pandêmicas em locais de assistência à saúde]) e na avaliação de evidências atuais pelo Grupo ad hoc de Elaboração de Orientações de PCI para COVID-19 da OMS, que se reúne no mínimo uma vez por semana. A elaboração de orientações provisórias durante emergências consiste em um processo transparente e robusto de avaliação das evidências disponíveis sobre benefícios e riscos, sintetizadas por meio de revisões sistemáticas rápidas e formação de consensos de especialistas, facilitado por metodologistas. O processo também considera, na medida do possível, possíveis implicações relativas a recursos, valores e preferências, viabilidade, equidade, ética e falhas de pesquisa...

 


WHO document number: WHO/2019-nCov/IPC_Masks/2020.4

 

 

 



Quanto tempo leva após a exposição à COVID-19 para desenvolver sintomas?

O tempo entre a exposição à COVID-19 e o momento em que os sintomas começam (período de incubação) é geralmente de cinco a seis dias, mas pode variar de 1 a 14 dias.

Quanto tempo o vírus sobrevive nas superfícies?

O mais importante a se saber sobre a presença de coronavírus em superfícies é que elas podem ser facilmente limpas com desinfetantes domésticos comuns, que matam o vírus. Estudos demonstraram que o vírus da COVID-19 pode sobreviver por até 72 horas em plástico e aço inoxidável, menos de 4 horas em cobre e menos de 24 horas em papelão. Como sempre, limpe suas mãos com um higienizador à base de álcool ou lave-as com água e sabão. Evite tocar nos olhos, na boca ou no nariz.

      

                                             Foto: Karina Zambrana/OPAS/OMS 

É seguro receber um pacote de qualquer área em que a COVID-19 tenha sido notificada?

Sim. A probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias comerciais é baixa e o risco de pegar o vírus que causa a COVID-19 em um pacote que foi movido, transportado e exposto a diferentes condições e temperaturas também é baixo.

O que posso fazer para evitar a propagação da COVID-19 no meu local de trabalho?

Antes de viajar e com base nas informações mais atualizadas, seu local de trabalho deve avaliar os benefícios e riscos relacionados a planos de viagens. Evite enviar funcionários com maior risco de doenças graves (por exemplo, pessoas idosas e com condições de saúde como diabetes, doenças cardíacas e pulmonares) para áreas com propagação de COVID-19.

Além disso, as(os) funcionárias(os) que retornem de uma área com propagação de COVID-19 devem monitorar sintomas por 14 dias e medir a temperatura duas vezes ao dia. Se a(o) funcionária(o) tiver tosse leve ou febre baixa (ou seja, uma temperatura de 37,3 ºC ou mais), deve ficar em casa e se auto isolar. Isso significa evitar contato próximo (ficar a um metro de distância) com outras pessoas, incluindo membros da família. A pessoa também deve telefonar para seu profissional de saúde ou departamento de saúde pública local, fornecendo detalhes de viagens e sintomas recentes.

Funcionárias(os) também devem ser incentivadas(os) a lavarem as mãos regularmente e a manterem pelo menos um metro de distância de pessoas que estejam tossindo ou espirrando. Devem ainda cumprir as instruções das autoridades do local para onde estão viajando. Se, por exemplo, as autoridades locais lhes dizem para não ir a algum lugar, isso deve ser cumprido.

Outras informações sobre local de trabalho:

https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52015/OPASBRACOVID1920043_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

Quem está em risco de desenvolver doenças graves?

As informações disponíveis atualmente apontam que o vírus pode causar sintomas leves e semelhantes aos da gripe, além de doenças mais graves. Os pacientes apresentam uma variedade de sintomas: febre (83%-98%), tosse (68%) e falta de ar (19%-35%). Com base nos dados atuais, 81% dos casos parecem ter doença leve ou moderada, 14% parecem progredir para doença grave e 5% são críticos. Pessoas idosas e com condições de saúde pré-existentes (como pressão alta, doenças cardíacas, doenças pulmonares, câncer ou diabetes) parecem desenvolver doenças graves com mais frequência do que outros.

A OPAS ou a OMS divulgaram uma receita de gel pra fazer em casa?

Não, a OPAS e a OMS não divulgaram receita de gel para fazer em casa. Esse processo de produção caseira pode, inclusive, ser prejudicial à saúde. A recomendação da OPAS e da OMS é lavar as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool. Tanto álcool em gel quanto água e sabão são eficazes para matar vírus que podem estar nas mãos ou outra parte do corpo.

                                     Foto: Karina Zambrana/OPAS/OMS

Fumantes e usuários de produtos de tabaco correm maior risco de infecção por COVID-19?

É provável que os fumantes sejam mais vulneráveis à COVID-19, pois o ato de fumar significa que os dedos (e possivelmente os cigarros contaminados) estão em contato com os lábios, o que aumenta a possibilidade de transmissão do vírus da mão para a boca. Os fumantes também podem já ter doença pulmonar ou capacidade pulmonar reduzida, o que aumentaria muito o risco de doença grave.

Outros produtos para fumar, como bongs, que geralmente envolvem o compartilhamento, podem facilitar a transmissão da COVID-19 em ambientes comunitários e sociais.

Condições que aumentem as necessidades de oxigênio ou reduzem a capacidade do corpo de usá-lo adequadamente colocam os pacientes em maior risco de doenças pulmonares graves, como pneumonia.

Pessoas que vivem com HIV correm um risco maior de serem infectadas pelo vírus que causa COVID-19?

As pessoas que vivem com HIV com doença avançada, aquelas com CD4 baixo e alta carga viral e aquelas que não estão em tratamento antirretroviral têm um risco aumentado de infecções e complicações relacionadas. Não se sabe se a imunossupressão causada pelo HIV colocará uma pessoa em maior risco para a COVID-19. Portanto, até que se saiba mais, devem ser tomadas precauções adicionais para todas as pessoas com HIV avançado ou pouco controlado.

No momento, não há evidências de que o risco de infecção ou complicações da COVID-19 seja diferente entre pessoas vivendo com HIV, clinicamente e imunologicamente estáveis ??no tratamento anti-retroviral, quando comparadas à população em geral. As pessoas que vivem com o HIV e estão tomando medicamentos antirretrovirais devem garantir que tenham um suprimento de ao menos 30 dias a 6 meses de remédios e garantir que suas vacinas estejam em dia.

 

Posso pegar COVID-19 do meu animal de estimação?

Houve casos de animais de pacientes com COVID-19 infectados com a doença. Como órgão intergovernamental responsável por melhorar a saúde animal no mundo, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) vem desenvolvendo orientações técnicas sobre tópicos especializados relacionados à saúde animal, dedicados a serviços veterinários e especialistas técnicos (incluindo testes e quarentena).

  • Existe a possibilidade de alguns animais serem infectados pelo contato próximo com seres humanos infectados. Ainda são necessárias mais evidências para entender se animais podem espalhar a doença.

  • Com base nas evidências atuais, a transmissão de humano para humano continua sendo o principal fator.

  • Ainda é muito cedo para dizer se os gatos podem ser o hospedeiro intermediário na transmissão da COVID-19.

              

                             Foto: Karina Zambrana/OPAS/OMS 

Qual é a visão da OPAS e OMS em relação ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento e profilaxia contra COVID-19, que estão em andamento em alguns países?

Todo país é soberano para decidir sobre seus protocolos clínicos de uso de medicamentos. Embora a hidroxicloroquina e a cloroquina sejam produtos licenciados para o tratamento de outras doenças – respectivamente, doenças autoimunes e malária –, não há evidência científica até o momento de que esses medicamentos sejam eficazes e seguros no tratamento da COVID-19.

As evidências disponíveis sobre benefícios do uso de cloroquina ou hidroxicloroquina são insuficientes, a maioria das pesquisas até agora sugere que não há benefício e já foram emitidos alertas sobre efeitos colaterais do medicamento. Por isso, enquanto não haja evidências científicas de melhor qualidade sobre a eficácia e segurança desses medicamentos, a OPAS recomenda que eles sejam usados apenas no contexto de estudos devidamente registrados, aprovados e eticamente aceitáveis.

Há um ensaio clínico (série de pesquisas padronizadas) internacional chamado Estudo Solidariedade, que busca ajudar a encontrar um tratamento eficaz para a COVID-19. Foi lançado pela Organização Mundial da Saúde e parceiros em março de 2020. Com base em evidências científicas de pesquisas laboratoriais, em animais e humanos, foram selecionadas no Estudo Solidariedade algumas opções de tratamento para análise quanto à eficácia no tratamento da COVID-19. Uma delas foi o uso de cloroquina* ou hidroxicloroquina. As demais opções foram: o uso de Remdesivir; de Lopinavir/Ritonavir; e de Lopinavir/Ritonavir com interferon beta-1a.

Tendo se reunido em 23 de maio de 2020, o Grupo Executivo do Estudo Solidariedade decidiu implementar uma pausa temporária do braço de hidroxicloroquina do estudo, devido a preocupações levantadas sobre a segurança do medicamento. Essa decisão foi tomada como precaução, enquanto os dados de segurança foram revisados pelo Comitê de Segurança e Monitoramento de Dados do Estudo Solidariedade.

Em 3 de junho de 2020, com base nos dados de mortalidade disponíveis, os membros do comitê recomendaram que não havia motivos para modificar o protocolo do estudo. O Grupo Executivo então recebeu esta recomendação e endossou a continuidade de todos os ramos do Estudo Solidariedade, incluindo a hidroxicloroquina.

Posteriormente, com base em novas descobertas, a OMS anunciou em 17 de junho de 2020 que o braço de hidroxicloroquina do Estudo Solidariedade que buscava encontrar um tratamento eficaz para COVID-19 foi interrompido. O Grupo Executivo do estudo e os principais pesquisadores tomaram a decisão baseados em evidências** do Estudo Solidariedade (incluindo dados do estudo francês Discovery), do ensaio Recovery do Reino Unido e de uma revisão Cochrane de outras evidências sobre a hidroxicloroquina.

Os dados e os resultados recentemente anunciados mostraram que a hidroxicloroquina não resulta na redução da mortalidade de pacientes com COVID-19 hospitalizados, quando comparados com o padrão de atendimento.

Com isso, os investigadores não randomizarão outros pacientes para hidroxicloroquina no estudo Solidariedade. Pacientes que já iniciaram com a hidroxicloroquina, mas que ainda não concluíram o curso no estudo, podem concluir o curso ou parar a critério do(a) médico(a) supervisor(a).

Esta decisão se aplica apenas à condução do Estudo Solidariedade. A cloroquina e a hidroxicloroquina continuam sendo medicamentos aceitos como geralmente seguros para uso em pacientes com malária ou doenças autoimunes.

Existem outros ensaios em andamento no mundo, além do Estudo Solidariedade.

Confira o documento da OPAS “Atualização contínua da terapia potencial COVID-19: resumo de revisões sistemáticas rápidas” para mais detalhes e informações sobre potenciais tratamentos.

*De acordo com o protocolo de pesquisa inicial, a cloroquina e a hidroxicloroquina foram selecionadas como possíveis medicamentos a serem testados no Estudo Solidariedade. No entanto, os testes só foram realizados com a hidroxicloroquina. Assim, a cloroquina foi removida no dia 25 de maio de 2020 das opções de tratamento em estudo listadas na página do Estudo Solidariedade.

**Essas evidências não se aplicam ao uso da hidroxicloroquina na prevenção de infecções por COVID-19 ou no tratamento de pacientes não hospitalizados, duas áreas em que ainda são necessárias mais evidências sobre a eficácia do medicamento contra o coronavírus.

A OMS recomenda o uso de luvas na comunidade para impedir a transmissão do COVID-19?

Não, a OMS não recomenda o uso regular de luvas por pessoas no entorno comunitário. O uso de luvas pode aumentar os riscos de infecção em quem usa ou de transmissão para outras pessoas caso sejam tocadas superfícies contaminadas sem que depois as luvas sejam retiradas e as mãos lavadas.

Portanto, em locais públicos como supermercados, além do distanciamento físico, a OMS recomenda instalar na entrada e na saída pontos de higiene das mãos de uso público.

Ao melhorar amplamente as práticas de higiene das mãos, os países podem ajudar a impedir a propagação do vírus causador da COVID-19.

Pessoas que se recuperaram da COVID-19 podem ficar imunes ou serem infectadas mais de uma vez?

Atualmente, não há evidências de que as pessoas que se recuperaram da COVID-19 e tenham anticorpos estejam protegidas contra uma segunda infecção. É esperado que a maioria dos indivíduos infectados desenvolva uma resposta de anticorpos que forneça algum nível de proteção. O que ainda não se sabe é o nível de proteção ou quanto tempo vai durar. A OMS está trabalhando com cientistas de todo o mundo para entender melhor a resposta do corpo à infecção por COVID-19.

 

 

 

Período de epidemia do Coronavírus (COVID-19)

 

Em cumprimento ao Decreto Municipal nº 6.227, DE 16 de março de 2020, a Associação Ivone e Pedro Lanza, suspendeu todos os atendimentos presenciais que realizava em sua sede à Rua Paulo Frontin 673, Centro.

Visando cumprir com o estipulado em Plano de Trabalho em relação ao atendimento do público alvo pactuado na parceria firmada com o Município de Sete Lagoas e em consonância com a necessidade de se manter a estimulação essencial ao desenvolvimento global das crianças e adolescentes com síndrome de Down, apresentamos nossa estratégia de atendimento.

Importante frisar que crianças e adolescentes com síndrome de Down possuem deficit de atenção, concentração e memória, além de muitas vezes comorbidades associadas.

Esse fato impõe a necessidade de se manter a estimulação cognitiva e motora sem interrupções, a fim de se evitar perdas que influenciarão negativamente a qualidade de vida dessas pessoas.

Sabemos que o isolamento é fundamental para proteção de todos.

Temos ciência de que nosso público compõe duplamente o grupo de risco, uma vez que têm maior vulnerabilidade para o contágio e maior gravidade quando contaminados, portanto todo cuidado  se faz vital.

No entanto não podemos nos distanciar da necessidade de se manter a estimulação multidisciplinar.

Para tanto criamos um atendimento remoto e on-line, onde todos os profissionais a saber, fonoaudiologo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, pedagogo, psicólogo, oficineiro de horta, dança e música, criam atividades personalizadas para cada atendido.

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CORONAVIRUS COVID-19

Principais informações segundo a OMS

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